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Agosto dourado: o mês do aleitamento materno

O aleitamento materno é uma fase muito importante. Além dos benefícios do leite, o contato carinhoso entre a mamãe e o bebê faz toda a diferença. 

 

Desde a confirmação da gravidez, mães e pais começam a preocupar-se com os cuidados com o bebê que está para chegar. Com isso, naturalmente começam também a surgir as dúvidas que cercam toda a criação da criança. No caso da amamentação não é diferente. De tão importante, conta até com uma semana especial no calendário: o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) promovem, até o dia 7 de agosto, a Semana Mundial de Aleitamento Materno. Além disso, esse mês como um todo é conhecido como Agosto Dourado, pois está relacionado ao padrão ouro de qualidade do leite materno. São trinta dias em que são celebrados a promoção, proteção e apoio ao aleitamento.

Segundo Dra. Joyce Barreto, ginecologista da Clínica Santa Maria, a amamentação é uma estratégia natural de fortalecimento do vínculo, afeto e proteção entre mãe e bebê. Além disso, ela promove inúmeros benefícios para a saúde de ambos. “Para a mulher, acelera a involução do útero no período pós-parto, auxilia na perda de peso, possui efeito contraceptivo. A longo prazo, reduz o risco de câncer de mama, endométrio e ovário. E não para por ai. O gesto ainda poder aumentar a densidade mineral óssea e reduzir o risco de doença cardiovascular”, comenta. E os benefícios para a criança também são imensos. “O leite humano reúne características nutricionais ideias, com importantes propriedades imunológicas. Isso proporciona o crescimento e desenvolvimento saudáveis dos pequenos. Principalmente nas funções de mastigação, deglutição, respiração, articulação de sons da fala e desenvolvimento motor-oral”, completa.

Mas é importante ter em mente que, para um aleitamento saudável, é preciso ter cuidados. “Assim como na gravidez, durante a lactação as necessidades de nutrientes são aumentadas”. Justamente por isso, algumas mães precisam de suplementação vitamínica. “É importante ter uma alimentação saudável, rica e variada, repleta de frutas, cereais integrais, laticínios, legumes e verduras. Isso evita os alimentos industrializados e muito gordurosos que não acrescentam qualquer valor nutricional”, explica a especialista, que recomenda também o acompanhamento de um profissional especializado. “Alimentos como feijão, ervilhas, nabo, brócolis ou couve-flor devem ser evitados, pois podem causar gases. Além disso, o consumo de alguns chás, leite de vaca e derivados também podem provocar cólicas no bebê. E, é claro, bebidas alcoólicas estão proibidas nesse período”, afirma.

Um gesto de amor

Mas sempre fica a pergunta: até quando deve-se amamentar o bebê? Segundo a Dra. Joyce, a duração ideal para a amamentação exclusiva tem sido objeto de um longo debate entre especialistas. “Desde 1979 a recomendação da OMS quanto à duração do aleitamento exclusivo era de quatro a seis meses. Mas, desde 2001 há a recomendação formal de que até os seis meses de vida, o bebê deve receber exclusivamente o leite materno”, explica. E no caso de crianças que mesmo com dois anos, por exemplo, continuam mamando? “Após esse tempo os benefícios do leite materno continuam existindo. E, inclusive, tem sido relatado que nesta idade o aleitamento está relacionado com uma menor chance de sobrepeso e obesidade no futuro”, diz. Ainda segundo a especialista, é importante lembrar que, nesse ponto, o papel principal do leite materno já foi desempenhado. “Ele não passa a ser um ‘alimento vazio’, mas os nutrientes já são supridos com a alimentação sólida. Por isso, não existe um momento exato para o desmame. Tudo depende da decisão da família, e essa é uma questão que gera muita polêmica”.

Não há dúvidas quanto aos benefícios da amamentação, sejam eles de ordem fisiológica, psicológica ou sócio- econômica cultural. “Estudos comprovam que a amamentação é capaz de salvar a vida de cerca de 13% das crianças menores de cinco anos em todo o mundo”, explica a Dra. Joyce Barreto. Por isso, lembre-se sempre: o leite materno faz toda a diferença na vida do bebê. Certamente o gesto é um grande gesto de amor.

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