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Vasectomia: saiba tudo sobre o procedimento

O procedimento, considerado muito mais simples do que a ligadura tubária, ainda é cercada de dúvidas e mitos

A vasectomia é a cirurgia recomendada para homens que não querem mais ter filhos. É uma intervenção cirúrgica simples, segura e efetiva, feita por um urologista em um Centro Cirúrgico, que dura cerca de 20 minutos. É também conhecida como Cirurgia Esterilizadora Masculina e, apesar de nenhum método apresentar 100% de efetividade, a chance de falhas é de menos de 1%.

De acordo com o urologista Matheus Nemer Marun, que atende na Clínica Santa Maria, a vasectomia é mais barata do que a ligadura tubária, método contraceptivo comumente feito nas mulheres. Segundo o especialista, o procedimento é muito simples. “A vasectomia pode ser realizada de forma segura na forma de um ‘day clinic’ com anestésicos locais”. Ele diz ainda que, em mãos experientes, a incidência de dor e hematomas são significativamente reduzidas.

Saúde do homem

De acordo com o urologista, após um período que varia entre uma semana e dez dias, quando as feridas operatórias já estão cicatrizadas, o paciente já está apto a retomar sua vida sexual. “Mas é importante que, em princípio, ainda sejam usados outros métodos contraceptivos. Logo após a cirurgia ainda existem espermatozoides viáveis ao longo de todo o trajeto dos canais deferentes até a região da próstata. Eles desembocam juntamente com o líquido das vesículas seminais. Somente após um período de aproximadamente 15 a 20 relações protegidas, e depois da realização de um espermograma, o paciente pode confiar na vasectomia como um método contraceptivo definitivo”, explica.

Ainda segundo Marun, existem muitos mitos associados ao procedimento. “Devido às falsas informações associando a vasectomia com a castração ou perda da masculinidade, muitos homens têm alguma resistência ao procedimento”, diz. E quanto a ideia de que os homens podem ficar impotentes ou ter diminuição do prazer sexual? O médico desmistifica: “A vasectomia é a ligadura transfixante dos canais deferentes. Ou seja, os testículos não são envolvidos. Consequentemente, não há qualquer prejuízo na produção de testosterona, o hormônio sexual masculino. Desta forma, não existe relação com disfunção erétil ou a perda da libido”.

Mas o médico alerta: embora em alguns casos seja reversível, a vasectomia é um procedimento definitivo. Ele deve ser analisado com cautela. “É importante sempre orientar o paciente que existem vários métodos não definitivos para evitar filhos. A vasectomia é uma cirurgia esterilizadora definitiva. Para se submeter a ela, o paciente deve ter mais de 25 anos de idade e pelo menos dois filhos. Além disso, ser avaliado por um psicólogo, ler, e assinar um termo de consentimento esclarecido onde recebe, dentre outras informações, a da irreversibilidade do método”.

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